DjibutiDjibuti

Djibouti (59)

Djibouti (59)

O Djibuti ou Jibuti (FrenchDjibouti; Arabic: جيبوتي, transliterado ), oficialmente República do Djibuti, é um pequeno país do nordeste de África, limitado a norte pela Eritreia, a leste pelo estreito de Bab el Mandeb, pelo Golfo de Áden e pela Somália e a sul e oeste pela Etiópia. A capital é Djibuti.

O país está localizado na África Oriental, mais precisamente a leste do golfo de Áden. O golfo, o mar Vermelho e o canal de Suez são acidentes geográficos que servem de acesso ao oceano Índico e ao mar Mediterrâneo. A contribuição dada pela localização de Djibuti foi a transformação da capital do mesmo nome, em um porto principal. De modo potencial, a importância dessa localização é estratégica. Apesar da livre passagem dos navios pela litoral de Djibuti, para uma nação poderosa tomar posse da área, a possibilidade seria o controle da navegação de navios entre o oceano Índico e o mar Mediterrâneo.

O Djibuti é o 133º país com maior PIB per capita no mundo e a 167ª maior economia por Produto interno bruto (PIB), quase com ausência de recursos naturais. A independência do Djibuti em relação à França foi proclamada em 27 de junho de 1977, cuja área foi dominada a partir do final do século XIX. O primeiro nome dado pelos franceses ao país foi Somália Francesa, e em 1967 recebeu o nome de Território Francês dos Afars e Issas.

História

Primeiros habitantes, colonização e independência

O Djibuti foi habitado por povos vindos da Arábia no século III antes de Cristo, aproximadamente. Eles se estabeleceram ao norte e deles se originaram os afares. Vindos da Somália, os issas expulsaram esses primeiros habitantes e se estabeleceram na região litorânea. Na nossa era, mais precisamente em 852, chegaram novos agrupamentos árabes, que dominavam o comércio da região até o advento dos portugueses, no século XVI. Mas, os portugueses também perderam o interesse pela região, abandonando-a aos árabes quando seus interesses passaram a se concentrar no Oriente.

Em 1888, foi estabelecida pela França a colônia denominada Costa Francesa dos Somalis, cuja capital foi Djibuti desde 1892. Na época teve início a construção da ferrovia como elo de ligação entre Djibuti e a Etiópia. A entrada ao interior se tornou possível devido às estradas construídas de 1924 até 1934. Na época da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em 1940, foi estabelecido no Djibuti um governo neutro, fazendo parte do regime francês de Vichy. Posteriormente, o porto de Assab, na Eritreia, ganhou mais importância do que o de Djibuti.

No ano de 1946, a região foi convertida em território francês de ultramar. No ano de 1958, a decisão dos moradores da Costa dos Somalis era a permanência na Comunidade Francesa, com a maioria absoluta dos votos válidos a favor feita pelos afars e pelos europeus. Mas, o eleitorado issa era contrário à essa decisão. Em 1967, nova eleição aprovou que o Djibuti se vinculasse com a França, mas em 1977 um último plebiscito proclamou a independência do Djibuti.

Últimas décadas do século XX

No início da década de 1980 agravaram-se as tensões entre as duas grandes comunidades étnicas do país, enquanto a chegada de refugiados das zonas de guerra próximas contribuía para piorar a situação socioeconômica já instável. Em 1987 realizaram-se pela segunda vez eleições presidenciais e legislativas, nas quais saiu vitorioso o único partido concorrente, a União Popular pelo Progresso (RPP). Em 1994, a Frud se dividiu. Uma facção negociou com o governo, enquanto outro setor mantém a guerra civil. Em 1996, a maior parte da Frud virou partido político e, em 1997, concorreu às eleições parlamentares em aliança com a governista União Popular pelo Progresso (RPP). A aliança obteve as 65 cadeiras do parlamento.

Na eleição presidencial de 1999, foi eleito Ismaïl Omar Guelleh (RPP), sobrinho de Gouled. A facção guerrilheira da Frud depôs as armas em 2000, ano em que o general Yacin Yabeh Galeb, chefe da polícia, tenta um golpe de Estado ao ser demitido. Ele foi preso, julgado e condenado a 15 anos de prisão.

Século XXI

Em 2001, Dileita Mohamed Dileita passou a ser o primeiro-ministro. No ano seguinte, o país tornou-se base de ações internacionais contra o terrorismo. Nas eleições de 2003, a coalização governista elege os 65 parlamentares.

Em 2005, o presidente Guelleh foi reeleito sem concorrentes. A oposição boicotou a reeleição, alegando falta de democracia na disputa. Observadores internacionais, porém, consideram boas as condições do pleito.

Em maio de 2006, o governo de Djibuti registrou o primeiro caso humano de infecção pelo vírus da gripe aviária na região. Um relatório da Organização das Nações Unidas acusou o governo do Djibuti, em novembro, de violar o embargo de armas contra a Somália e fornecer armamento às milícias islâmicas que dominaram a capital, Mogadíscio.

Em 2007, a Organização das Nações Unidas pediu ajuda internacional ao Djibuti por causa da seca, que pode deixar 53 mil pessoas sem comida. Em fevereiro de 2008, o partido do governo conseguiu todos os assentos no Parlamento, em eleições boicotadas pela oposição. O novo gabinete tomou posse no mês seguinte e Dileita foi reeleito primeiro-ministro.

Em junho ocorreram mais confrontos com forças da Eritreia na fronteira, deixando pelo menos nove mortos. Em janeiro de 2009, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas deu um ultimato à Eritreia para retirar suas tropas da área disputada com o Djibuti em até cinco semanas. O governo do país se negou a cumprir a ordem, alegando que a região ocupada faz parte de seu território. Em outubro, o Djibuti acusou a Eritreia de treinar e armar milícias para promover ataques à nação vizinha.

Geografia

O território do Djibuti divide-se em três regiões principais. O litoral, banhado pelas águas do Bab-el-Mandeb e do golfo de Tadjura, não atinge mais de 200m de altitude sobre o nível do mar. No sul e centro do país, erguem-se mesetas vulcânicas que oscilam entre 500 e m de altitude, às vezes margeadas por depressões e lagos. No norte, erguem-se as montanhas que caracterizam a terceira região, cujo ponto culminante é o monte vulcânico Mousa Ali, com 2 021 metros, que forma a tríplice fronteira do país com a Etiópia e a Eritreia. Em geral, toda a superfície do Djibuti é árida, recortada por depressões profundas e coberta de areais. Na zona montanhosa correm três riachos de leito arenoso, o Sadai, o Adaleyi e o Iboli. Um rio subterrâneo, o Ambouli, constitui importante fonte de fornecimento de água.

O clima do Djibuti é tórrido, com temperaturas máximas diurnas que oscilam entre 29° C em janeiro e 43° C em julho. De novembro a abril há uma estação relativamente fresca, com temperaturas médias diurnas entre 22° C e 30° C. As chuvas, procedentes do oceano Índico, ocorrem desde o término do verão até o final de março, mas as precipitações só atingem 125 mm por ano no litoral e pouco mais de vinte milímetros no interior do país.

A maior parte do território é desértica, com vegetação de arbustos espinhosos e alguns pastos. Nas montanhas há também áreas florestais e no litoral crescem tamareiras e tamarindos. A fauna do Djibuti inclui linces, chacais, antílopes e gazelas. Apenas um por cento da superfície do país é cultivável e cerca de nove por cento servem de pasto.

Subdivisões

O Djibuti está dividido em cinco regiões e uma cidade, e subdividido em 11 distritos.

Regiões

A maior região é a região de Tadjourah e a segunda maior a de região de Dikhil. Todavia a mais importante é a cidade de Djibuti, que representa a capital política e financeira do estado africano.

  • Região de Ali Sabieh
  • Região de Arta
  • Região de Dikhil
  • Cidade de Djibuti
  • Região de Obock
  • Região de Tadjourah

Distritos

Os distritos que formam o país são onze e o maior é Yoboki, na região de Dikhil, o menor é o distrito de Djibuti, na região homónima.

  • Alaili Dadda
  • Ali Sabieh
  • As Eyla
  • Balha
  • Dikhil
  • Djibuti
  • Dorra
  • Obock
  • Randa
  • Tadjourah
  • Yoboki

Infraestrutura

Saúde

Em Djibouti, a esperança de vida ao nascer é de cerca de 64,7 anos. A fertilidade é de 2,35 filhos por mulher. Existem cerca de 18 médicos a cada 100.000 pessoas no país.

Cerca de 93,1% das mulheres em Djibouti foram submetidas à mutilação genital feminina (circuncisão feminina), um costume pré-matrimonial endêmico, principalmente no Nordeste da África e em partes do Oriente Próximo. Embora legalmente proibido em 1994, o procedimento ainda é amplamente praticado, pois está profundamente enraizado na cultura local. Incentivada e realizada por mulheres na comunidade, a circuncisão tem como objetivo principal impedir a promiscuidade e oferecer proteção contra agressões.

Cerca de 94% da população masculina de Djibouti também foi submetida à circuncisão masculina, um número que está de acordo com a adesão ao Islã, que exige isso.

Cultura

Os trajes tradicionais Djibutianos são próprios para o clima quente e árido, típico do país. Os homens vestem uma roupa vagamente embrulhada que vai até os joelhos, junto a um roupão de algodão ao longo dos ombros, similar a uma toga romana. As mulheres vestem saias longas, tipicamente tingidas de marrom. Mulheres casadas vestem um pano sobre a cabeça, às vezes também abrangendo a parte de cima de seus corpos. Mulheres que não são casadas não são obrigadas a cobrir a cabeça. O vestido tradicional árabe é usado estritamente durante festivais religiosos, especialmente na preparação do hajj. Para algumas ocasiões, as mulheres também podem se adornar com jóias.

A tradição cultural é, na maioria das vezes transmitida oralmente, principalmente em músicas. Usando sua linguagem nativa, essas pessoas podem cantar ou dançar falando de uma história. Muitos exemplos da influência árabe e francesa pode ser notada nos edifícios.

Texto obtido de Wikipedia - Djibouti sob licença CC-BY-SA-3.0 el 30 Julho 2021

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