Ilhas MalvinasIlhas Malvinas

Ilhas Malvinas (English: Falkland Islands; Spanish: Islas Malvinas), também chamadas Ilhas Falkland, ou simplesmente Falklands, é um arquipélago britânico ultramarino, localizado no sul do oceano Atlântico, na plataforma continental da Patagônia. As principais ilhas estão a cerca de 483 quilômetros a leste da costa do sul da América do Sul, a uma latitude de cerca de 52°S. O arquipélago, com uma área de quilômetros quadrados, é composto pela Malvina Ocidental, Malvina Oriental e outras 776 ilhas menores. Como um território britânico ultramarino, as ilhas têm governo próprio e o Reino Unido assume a responsabilidade pela defesa e relações internacionais do território. A capital é a cidade de Stanley, na Malvina Oriental.

Existe uma grande controvérsia sobre a descoberta e posterior colonização das Malvinas pelos europeus. Em vários momentos, as ilhas tiveram assentamentos franceses, britânicos, espanhóis e argentinos. O Reino Unido reafirmou seu controle sobre o arquipélago em 1833, embora a Argentina mantenha sua reivindicação às ilhas. Em abril de 1982, forças argentinas ocuparam temporariamente o território. A administração britânica foi restaurada dois meses mais tarde, no final da Guerra das Malvinas.

A população ( habitantes em 2012) é constituída principalmente por nativos das ilhas, a maioria de ascendência britânica. Outras etnias incluem franceses, gibraltinos e escandinavos. A imigração vinda do Reino Unido, da ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, e do Chile reverteu o declínio populacional. A língua predominante (e oficial) é o inglês. De acordo com uma lei de 1983 aprovada pelo Parlamento do Reino Unido, os malvinenses são considerados cidadãos britânicos.

O arquipélago se encontra no limite das zonas climáticas oceânica subantártica e de tundra e ambas as principais ilhas têm cordilheiras que atingem 700 metros de altura. Elas são o lar de grandes populações de aves, embora muitas já não se reproduzam nas principais ilhas por causa da concorrência com espécies introduzidas. As principais atividades econômicas são a pesca, o turismo e a criação de ovinos, com ênfase em exportações de lã de alta qualidade. A exploração de petróleo, licenciada pelo Governo das Ilhas Malvinas, permanece controversa, como resultado de disputas marítimas com a Argentina.

Etimologia

O nome anglófono do arquipélago, Falkland, foi inspirado pelo "Falkland Sound" (Spanish: Canal de San Carlos), o estreito que separa as duas ilhas principais do arquipélago. O nome "Falkland" foi dado ao canal por John Strong, capitão de uma expedição inglesa que desembarcou nas ilhas em 1690. Strong nomeou o estreito em homenagem a Anthony Cary, 5º visconde de Falkland, o tesoureiro da marinha que patrocinou a viagem.

Ver:

  • ,
  • .
Seu título de visconde tem origem na cidade de Falkland, Escócia, cujo nome vem de folkland (terra submetida ao direito-folk). O nome não foi aplicado às ilhas até 1765, quando o capitão britânico John Byron, da Marinha Real, reivindicou-as para o rei Jorge III como "Ilhas de Falkland". O termo "Falklands" é uma abreviatura padrão usada para se referir ao arquipélago.

Ver:

  • ,
  • .

O nome espanhol, Islas Malvinas, deriva do francês Îles Malouines - o nome dado para as ilhas pelo explorador francês Louis-Antoine de Bougainville em 1764. Bougainville, que fundou primeiro assentamento humano das ilhas, nomeou a área em homenagem ao porto de Saint-Malo (o ponto de partida de seus navios e colonos).

Ver:

  • ,
  • .
O porto, por sua vez, localizado na região da Bretanha, no oeste da França, recebeu esse nome por conta de São Malo (ou Maclou), o evangelista cristão que fundou a cidade europeia.

Na vigésima sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Quarto Comitê determinou que em todas as línguas, exceto o espanhol, toda a documentação da ONU iria designar o território como Falkland Islands (Malvinas). Em espanhol, o território é designado como Islas Malvinas (Falkland Islands). A nomenclatura utilizada pelas Nações Unidas para fins de processamento estatísticos é Falkland Islands (Malvinas).

História

Início da colonização europeia

Embora exista a possibilidade de que tribos de índios tenham existido nas ilhas em tempos pré-coloniais, o arquipélago estava desabitado no momento de sua descoberta pelos europeus. As alegações quanto à data da descoberta das ilhas giram em torno do Século XVI, mas não há consenso sobre se estes primeiros exploradores descobriram as Malvinas ou outras ilhas do Atlântico Sul. O primeiro desembarque registrado nas ilhas é atribuído ao capitão inglês John Strong, que, a caminho ao litoral do Peru e do Chile em 1690, descobriu o Canal de San Carlos, mas isso segundo a visão britânica sobre a história da ilha.

See:

  • ,
  • ,
  • .
Segundo a versão histórica contada pela Argentina defende que Fernão de Magalhães é o descobridor da ilha, já que a Argentina e o resto da América Latina pode ser considerada um fantoche da Espanha e de Portugal segundos a visão dos britânicos.

O arquipélago permaneceu desabitado até o estabelecimento de Port Louis na Malvina Oriental em 1764 pelo capitão francês Louis Antoine de Bougainville e a fundação do assentamento de Port Egmont na Ilha Saunders (ou Trinidad) pelo capitão britânico John MacBride. Ainda está em debate entre os historiadores se os assentamentos europeus estavam cientes da existência um do outro.

Ver:

  • ,
  • .
Em 1766, a França abandonou a sua reivindicação sobre as Malvinas para a Espanha, que rebatizou a colônia francesa para Puerto Soledad no ano seguinte. Os problemas começaram quando a Espanha descobriu Port Egmont; uma guerra iminente, causada pela captura do porto pela Espanha em 1770, foi evitada pela sua restituição ao Reino Unido em 1771.

Ambos os assentamentos - britânico e espanhol - coexistiram no arquipélago até 1774, quando novas considerações econômicas e estratégicas dos britânicos os levaram a retirarem-se voluntariamente das ilhas, deixando apenas uma placa onde reivindicavam o arquipélago para o rei Jorge III. O espanhol Vice-Reino do Rio da Prata então tornou-se a única presença governamental no território. A Malvina Ocidental foi deixada abandonada e Puerto Soledad se tornou um campo de prisioneiros na maior parte de sua existência. Durante as invasões britânicas do Rio da Prata, durante as Guerras Napoleônicas na Europa, o governador das ilhas do arquipélago foi evacuado em 1806; o restante da guarnição colonial espanhola seguiu seu exemplo em 1811, exceto por gaúchos e pescadores que permaneceram de forma voluntária no arquipélago.

Disputa entre Argentina e Reino Unido

Depois disso, o arquipélago foi visitado apenas por navios de pesca; seu estatuto político era indiscutível até 1820, quando o coronel David Jewett, um corsário estadunidense que trabalhava para as Províncias Unidas do Rio da Prata, informou que os navios ancorados em Buenos Aires em 1816 eram uma reivindicação dos territórios espanhóis no Atlântico Sul.

Ver:

  • ,
  • .
Uma vez que as ilhas não tinham habitantes permanentes, em 1823 Buenos Aires concedeu ao comerciante Luis Vernet, nascido na Alemanha, a permissão para realizar atividades de pesca e exploração de gado selvagem no arquipélago. Vernet assentou-se nas ruínas de Puerto Soledad em 1826 e acumulou recursos nas ilhas até o empreendimento ser seguro o suficiente para trazer colonos e formar uma colônia permanente.

Ver:

  • ,
  • .
Buenos Aires passou a considerar Vernet o comandante militar e civil das ilhas em 1829 e ele tentou regulamentar a pesca para parar as atividades de baleeiros e caçadores de focas estrangeiros. As atividades de Vernet duraram até uma disputa sobre os direitos de pesca e caça que levou a uma incursão do navio de guerra estadunidense USS ''Lexington'' em 1831, quando Silas Duncan, o então comandante da Marinha dos Estados Unidos, tomou o assentamento de Puerto Soledad.

Buenos Aires tentou manter influência sobre o assentamento através da instalação de uma guarnição, mas um motim em 1832 foi seguido no ano seguinte pela chegada de forças britânicas que reafirmaram o domínio do Reino Unido. A Confederação Argentina (então liderada pelo governador de Buenos Aires, Juan Manuel de Rosas) protestou contra as ações britânicas e governos argentinos continuaram desde então a registrar protestos oficiais contra o Reino Unido. As tropas britânicas partiram depois de completar a sua missão, deixando a área como "um tipo de terra de ninguém". O vice de Vernet, o escocês Matthew Brisbane, voltou às ilhas naquele ano para restaurar o assentamento, mas seus esforços terminaram depois que, em meio a tumultos em Port Louis, o gaúcho Antonio Rivero levou um grupo de "descontentes" a assassinar Brisbane e os líderes do assentamento; os sobreviventes se esconderam em uma caverna em uma ilha próxima até que os britânicos voltaram e restauraram a ordem. Em 1840, as Malvinas se tornaram uma colônia da coroa e colonos escoceses posteriormente estabeleceram uma comunidade pastoral oficial. Quatro anos mais tarde, quase todos foram realocados para Port Jackson, considerado um local melhor para a sede do governo, enquanto o comerciante Samuel Lafone começou um empreendimento para incentivar a colonização britânica.

Ver:

  • ,
  • .

Port Jackson logo foi renomeada para Stanley e tornou-se oficialmente a sede do governo local em 1845. No início de sua história, Stanley tinha uma reputação negativa devido a perdas de carga e de transporte; apenas em emergências navios cruzavam o Cabo Horn para parar no porto da vila. No entanto, a localização geográfica das Malvinas provou ser ideal para reparos de navios e para o "Wrecking Trade", a compra e venda de navios naufragados e de suas cargas. Além deste comércio, o interesse comercial no arquipélago era mínimo devido às peles de baixo valor dos bovinos selvagens que vagueavam pelas pastagens das ilhas. O crescimento econômico começou somente após a "Falkland Islands Company", que comprou a empresa falida de Lafone em 1851, introduzir com sucesso ovelhas cheviot para a produção de lã, estimulando outras fazendas a seguir o exemplo.

Ver:

  • ,
  • .
O alto cust…

Texto obtido de Wikipedia - Ilhas Malvinas sob licença CC-BY-SA-3.0 el 30 Julho 2021
  • Mostrar mapa
  • Quinta-feira
    11°C6°C
    54km/h
    Sexta-feira
    10°C5°C
    53km/h
    Sábado
    9°C5°C
    39km/h
    Domingo
    9°C4°C
    29km/h
    Tempo Ilhas Malvinas