Aeroporto de Congonhas/São Paulo

O Aeroporto de São Paulo/Congonhas - Deputado Freitas Nobre, ou simplesmente Aeroporto de Congonhas, é um aeroporto doméstico no município de São Paulo, o segundo mais movimentado do Brasil. O aeródromo fica na zona sul da cidade, no bairro de Vila Congonhas, distrito do Campo Belo, e parte do distrito do Jabaquara. Está distante 10,6 km do centro da capital e a 35 km do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos. É considerado o aeroporto executivo do Brasil em função do grande número de seus passageiros que viajam a negócios entre São Paulo e outros grandes centros como Rio de Janeiro e Brasília.

Inaugurado em meados dos anos 1930 em área descampada, o aeroporto logo foi envolvido pela cidade e se tornou um aeroporto central, atualmente atendendo a Grande São Paulo com voos domésticos nacionais e regionais para mais de 30 destinos no Brasil. Segundo estatísticas da ANAC de 2014, Congonhas atende cinco das 20 rotas mais movimentadas do Brasil, incluído a ponte aérea Rio-São Paulo, a mais movimentada do país. Congonhas já foi o aeroporto mais movimentado do país de 1990 até 2006, quando o acidente com o Voo TAM 3054, em julho de 2007, fez com que muitos voos fossem transferidos para outros aeroportos. Atualmente é o segundo aeroporto mais movimentado em número de passageiros e em número de aeronaves do Brasil e o primeiro da rede Infraero, após a privatização do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos e do Aeroporto Internacional de Brasília. Ainda hoje o aeroporto opera no limite da capacidade de suas pistas com 536 voos comerciais diariamente, o que equivale a um pouso ou uma decolagem a cada 2 minutos durante o horário de funcionamento do aeroporto - de 06h00 às 23h00.

O complexo aeroportuário de Congonhas abrange uma área de aproximadamente 1,6 milhão de metros quadrados, contando com duas pistas com capacidade para até 40 ou 41 operações pouso/decolagens por hora, e um terminal de passageiros com capacidade para atender cerca de passageiros por hora. A pista principal do aeroporto de Congonhas é equipada com os sistemas de pouso por instrumentos ALS e ILS, que permitem o aeroporto operar em condições adversas com o mesmo nível de segurança operacional e ajuda a diminuir a quantidade e o tempo de fechamento do aeroporto por conta do clima ruim.

A característica mais marcante do Aeroporto de Congonhas é o piso em forma de tabuleiro de xadrez, formado por quadrados em placa de granito preto e mármore branco. Esse piso, da década de 60, incorporou-se ao terminal de passageiros de Congonhas de tal forma que ficou na memória da população, tornando-se a identidade visual do aeroporto. Em 19 de junho de 2017 foi sancionada pelo presidente Michel Temer a lei 13 450/17, que altera o nome do aeroporto para Aeroporto de São Paulo/Congonhas-Deputado Freitas Nobre, em homenagem ao ex-deputado, advogado e professor da Universidade de São Paulo, José Freitas Nobre, que lutou pela anistia e foi crítico da ditadura militar.

História

Século XX

Projeto e construção

Desde 1920, o aeroporto que atendia a cidade de São Paulo era o Campo de Marte, localizado às margens do Rio Tietê, onde as chuvas frequentemente causavam alagamentos. Com isso, em 1935 foram feitos estudos pelo governo do estado de São Paulo, com a intenção de prover a São Paulo um aeroporto que não estivesse sujeito às enchentes. A região de Congonhas então foi escolhida por suas condições naturais de visibilidade e de drenagem, longe de áreas alagadiças. Na época, quando a cidade de São Paulo tinha 1 milhão de habitantes, a escolha do local foi criticada pelo fato de ser uma região descampada e distante. O nome Congonhas é uma homenagem ao Visconde de Congonhas do Campo, Lucas Antônio Monteiro de Barros (1767-1851), primeiro presidente da Província de São Paulo após a Independência do Brasil (1822). Congonhas também é o nome de um tipo de erva-mate muito comum em Minas Gerais, na região onde se situa Congonhas do Campo, cidade natal de Monteiro de Barros.

Entre 1928 e 1932, a Cia. Auto-Estradas Incorporadora e construtora S.A construiu a estrada de ligação entre São Paulo e Santo Amaro (atual avenida Washington Luís). Essa companhia era proprietária de um grande terreno entre Santo Amaro e o Ibirapuera e vinha vendendo lotes na área deste 1930. Em 1936, a Auto-Estradas comprou um grande terreno de um bisneto do Visconde de Congonhas, que era proprietário das terras onde seria construído o aeroporto. Essa construtora planejava urbanizar a região, chamando-a de Vila Congonhas. Com isso, a Auto-Estradas torna-se a maior interessada na instalação do aeroporto na região e como forma de pressionar o governo do estado de São Paulo pela escolha do terreno, a companhia, por conta própria, construiu uma pista de terra para pousos e decolagens à margem da estrada de rodagem para Santo Amaro.

Em 1935, o Governo do estado de São Paulo realiza um estudo técnico para a escolha do sítio onde se localizaria o novo aeroporto. Em 12 de abril de 1936, pela primeira vez, o Campo de Aviação da Companhia Auto-Estradas foi utilizado publicamente em caráter experimental. Pilotos consagrados foram convidados para exibir-se e testar as condições de Congonhas para sediar o aeroporto. Em julho de 1936, com a construção de uma segunda pista de terra, companhias de aviação comercial passaram a utilizar o campo a pista de terra, que foi brevemente conhecido como Campo da VASP. Ainda no mesmo ano, no dia 15 de setembro, o governo de São Paulo finalmente adquiriu o terreno depois de chegar a um acordo com a Auto-Estradas quanto ao preço e o aeroporto passa então a ser denominado oficialmente como Aeroporto de São Paulo, sob a administração da Diretoria da viação da Secretaria da Viação e Obras Públicas do Estado de São Paulo.

Anos 1940, 1950 e 1960

Em 1940, a Secretaria de Estado dos Negócios e da Viação estabelece que o Aeroporto seria administrado por um representante do governo do estado de São Paulo. Assim, o estado investiu sistematicamente em Congonhas, em especial no primeiro período e ao lado da pista, foi construída uma pequena estação de passageiros em linhas art déco que funcionou até 1948. Em 1942, tem inicio estudos de melhorias do Aeroporto de São Paulo feitos a pedido da Diretoria da Viação. Em 1947, começam as obras da primeira grande reforma do aeroporto de São Paulo. Em 1949, as obras de prolongamento da pista principal para 1 865 metros foi concluída.

Em 1951, as obras da torre de controle são terminadas. Em 1954, é inaugurado o pavilhão das autoridades

Em 1962, tem a implantação do primeiro serviço de RADAR. Em 1968, é criada a Comissão Coordenadora do Projeto Aeroporto Internacional (CCPAI) pelo Ministério da Aeronáutica brasileiro com finalidade de construir simultaneamente dois aeroportos de primeira classe internacional, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo, sendo que o eixo Rio-São Paulo concentrava 90% do tráfego internacional do Brasil. A importância desses novos aeroportos é oferecer uma nova infraestrutura aeroportuária de que demandavam os grandes aviões intercontinentais que vinham sendo lançados. Em 1968, tem início a expansão comercial e residencial na região próxima ao aeroporto, com surgimento de bairros populosos em seu entorno.

Anos 1970, 1980 e 1990

Em 1975, investimentos necessários para a modernização do Aeroporto de Congonhas começaram a ser feitos, começando pela reforma do terminal de passageiros. Em 1976, por determinação do DAC, o aeroporto passa a funcionar somente das 06h00 às 23h00, atendendo reivindicação dos moradores da vizinhança, que há anos reclamavam do barulho. Em 1977, 4,5 milhões de passageiros passam pelo Aeroporto de Congonhas e é inaugurado, em junho, o sistema de pouso por instrumento ILS (Instrument Landing System. Em 1978, o terminal de cargas (TECA) de Congonhas passou a ser administrado pela INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, criada em 1973) e vinculada ao Ministério da Aeronáutica. Em 1979, a reforma do terminal de passageiros é concluída.

Em 1981, a administração do Aeroporto de Congonhas passou para a INFRAERO, que começou a fazer uma série de reformas visando elevar a eficiência operacional do aeroporto. A reforma incluiu a instalação do sistema de esteiras rolantes nas alas de desembarque, ampliação da pista principal para metros de extensão, ampliação da cabeceira 16 da pista (hoje 17) a fim de agilizar as manobras das aeronaves maiores (como o Boeing 727), construção de armazéns no TECA, adaptação e construção de sala para a Ponte Aérea, marquises para pontos de táxis, entre outras melhorias. Em 1985, ocorre a transferência dos voos internacionais e domésticos para o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, ficando apenas voos regionais e os voos da ponte aérea Rio-São Paulo em Congonhas. A partir de então, o aeroporto passou por anos de ociosidade em seu terminal de passageiros.

Em 1990, o Aeroporto de Congonhas volta a receber voos domésticos e passa a ser o aeroporto mais movimentado do país. Com a saturação da capacidade operacional do aeroporto, foi adotado o sistema de "slots" em Congonhas.

Século XXI

Anos 2000

Em 2002, a Infraero anunciou a uma série de obras em Congonhas para adequar o aeroporto ao tráfego de 12 milhões de passageiros por ano. As obras tiveram início em maio de 2003 e foram divididas em duas etapas. A primeira fase A segunda fase teve as obras iniciadas em outubro de 2004 e contou com a ampliação do conector com o acréscimo de mais 4 pontes de embarque, totalizando as 12 pontes atuais; a reforma do terminal de passageiros; a readequação do sistema viário de embarque e desembarque de passageiros; a readequação dos pátios de estacionamento de aeronaves e o recapeamento da pista de pouso auxiliar. Em 22 de março de 2006, um Boeing 737 da companhia BRA derrapou na pista 35L, e por pouco, não caiu na Avenida Washington Luís. A empresa culpou o aeroporto pelo acúmulo de borracha de pneu na pista.

No dia 17 de julho de 2007, ocorreu o maior acidente da histó…

Texto obtido de Wikipedia - Aeroporto de São Paulo-Congonhas sob licença CC-BY-SA-3.0 el 30 Julho 2021
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