Aeroporto de Vitória

O Aeroporto Internacional de Vitória – Eurico de Aguiar Salles , também conhecido como Aeroporto de Goiabeiras é um aeroporto brasileiro no município de Vitória, no Espírito Santo. É o principal aeroporto do estado do Espírito Santo e opera voos nacionais e internacionais de passageiros e de carga.

Localiza-se na parte continental de Vitória, entre os bairros de Mata da Praia, Bairro República e Jardim Camburi, e distante aproximadamente 10 km do centro da cidade. Seu acesso agora se dá pela Avenida Adalberto Simão Nader e ocupa um sítio aeroportuário de 29,5 mil metros quadrados.

Tem capacidade para receber aviões de médio porte, tais como o ATR-72, Boeing 737, Embraer 190/Embraer 195 e às aeronaves Airbus A319, A320, A321, A330 e Boeing 757, 767. Recebe, ainda, jatos executivos e helicópteros e conta com voos diretos para os aeroportos de Congonhas e Guarulhos (São Paulo), Santos Dumont e Galeão (Rio de Janeiro), Confins (Belo Horizonte), Brasília, Salvador,Campinas, Recife, Montes Claros (MG) e Teixeira de Freitas (BA).

Em 21 de outubro de 2019 o aeroporto começou a operar voos internacionais domésticos, cumprindo enfim a série de melhorias previstas pela privatização ocorrida no mesmo ano.

Fruto de décadas de descaso, o aeroporto Vitória foi considerado o pior do país pela própria Infraero. "O Aeroporto de Vitória é o pior do país, não podemos permitir que uma capital tenha um aeroporto que prejudica a população e atrapalha o crescimento do estado", afirmou o então Presidente da Infraero, Gustavo do Vale, em 2012.

No final do ano de 2004, foi anunciado, para o ano seguinte, o início de obras de modernização do aeroporto, que consistiam basicamente na construção de um novo terminal e de uma segunda pista de pouso e decolagem. A conclusão estava prevista para 2007. No entanto, depois de muitos atrasos e suspeitas de superfaturamento, a obra foi embargada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2008.

Depois de algumas reformas emergenciais e vários anúncios de reinício das obras, uma nova licitação foi realizada e, finalmente, em junho de 2015, a ordem de serviço para o novo aeroporto foi assinada e as obras foram retomadas de fato.

Com previsão inicial para conclusão em setembro de 2017, o prazo de entrega do novo aeroporto foi postergado para 25 de dezembro do mesmo ano. Um dos motivos para o atraso é a construção do acesso ao novo terminal, que não foi licitado junto com as obras do terminal. Por esse motivo, realizou-se um aditamento contratual, com valor estimado em R$ 15 milhões.

Em 29 de março de 2018, após 16 anos de espera, a obra foi entregue, como parte do programa "Agora, é Avançar". O terminal iguala Vitória a outras capitais brasileiras, já que elas tinham aeroportos considerados mais modernos. Com a obra concluída, o terminal poderá receber cinco vezes mais passageiros no novo aeroporto, na comparação com o antigo. “O aeroporto que recebe 3,1 milhões de passageiros para um com capacidade para 8,7 milhões por ano”.

História

O cais do hidroavião

Antes da construção do Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, os voos com destino à capital pousavam no hidroporto de Santo Antônio, o mais antigo bairro da capital. Projetado pelo arquiteto Ricardo Antunes e construído em 1939, o hidroporto logo ficou conhecido como Cais do Hidroavião. A edificação era equipada tanto para o transporte de passageiros quanto para o transporte de carga.

A escolha do local se deveu, especialmente, à calmaria das águas naquele lugar, à topografia do bairro e, também, ao fato de haver ali uma linha de bonde que fazia a ligação direta com o Centro da cidade.

O tempo de vida do Cais não foi muito longo. Durou menos de dez anos. Com o fim da Segunda Guerra, os hidroaviões entraram em desuso. O Cais de Santo Antônio foi um dos últimos a encerrar as operações aéreas no país, em 1948.

Operavam em Vitória a Panair e o Syndicato Condor em voos nacionais, além da Pan American na linha intercontinental Nova York–Buenos Aires, com escala em várias cidades, inclusive Vitória.

O nascimento do Aeroporto de Vitória

Na década de 1930, no local onde fica o atual Aeroporto de Vitória, funcionava o aeroclube da cidade, com uma pista de terra batida. O local foi escolhido para a instalação do aeroporto da cidade por um engenheiro francês da Société des Lignes Latécoère, empresa postal francesa. Em 1942, com uma verba total de 50 contos de réis, teve início a construção de uma pista de cimento, que custou 38 contos de réis. O restante do valor foi utilizado na construção do terminal de passageiros. A construção da pista e do terminal foi concluída em 1943.

O Aeroporto de Vitória fez parte da relação de aeroportos participantes do convênio firmado entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, por meio do qual o Brasil cedia, durante o período de guerra, a utilização de aeródromos às Forças Armadas dos EUA. Em 1943, a U.S. Engineer Office, repartição do exército americano, concluiu o projeto para o recém-construído aeroporto, prevendo a ampliação da pista para 1.500 metros de comprimento por 45 metros de largura. O projeto foi realizado pela Diretoria de Obras do Ministério da Aeronáutica, tendo sido concluído em 1946, data oficial da inauguração do Aeroporto de Vitória.

O Aeroporto de Vitória continuou servindo de ponto de escala até à década de 1970, quando o percentual de voos que o utilizavam como ponto extremo de linhas começou a elevar-se. Em 3 de fevereiro de 1975, foi incorporado pela Infraero, data considerada como o aniversário do aeroporto.

O nome Eurico de Aguiar Salles somente passou a designar oficialmente o aeroporto em 2006, por meio da edição da Lei 11.296/06, em homenagem ao advogado e político capixaba, que foi secretário de Educação e Cultura do Espírito Santo e ministro da Justiça e Negócios Interiores do governo do ex-presidente Juscelino Kubitschek.

Estudos para a transferência de sítio

A expansão do Aeroporto de Vitória vem sendo estudada desde 1975, quando o Governo do Estado do Espírito Santo realizou um estudo de alternativas locacionais visando a transferir o aeroporto para outro sítio. Foram identificadas duas alternativas, uma ao norte da cidade de Vitória, no município da Serra, em região próxima a Nova Almeida, e a segunda ao sul, no município de Vila Velha, em região que se estende desde a Barra do Jucu até a Ponta da Fruta.

A região localizada na Serra mostrou-se inviável, uma vez que a área que se pretendia ocupar já possuía culturas da Agrosuco (frutas e vegetais em conserva) e da Citriodora (eucalipto), contrariando os critérios estabelecidos, pelos quais seriam evitadas propriedades de grande valor industrial e agropecuário. Já a área de Vila Velha se tornou inviável, atualmente, tendo em vista a criação da Área de Proteção Ambiental de Setiba, em 1994, e da Reserva Ecológica de Jacarenema, em 1997.

Projeto de modernização

Ante a inviabilidade de mudança do local do aeroporto, sua modernização tornou-se imprescindível, a fim de atender a uma demanda crescente tanto do transporte de passageiros quanto do transporte de cargas. Em 2005, iniciaram-se as obras de modernização do aeroporto, cujo projeto incluía um moderno terminal de passageiros com aeroshopping, climatizado e com acessibilidade para deficientes físicos, seis modernas pontes de embarque, uma segunda pista de pouso e decolagem com 2.416 metros (sentido leste/oeste), estacionamento com 1.000 vagas, um novo pátio de aeronaves, novas vias de acesso, novas instalações do Corpo de Bombeiros, nova torre de controle, novas instalações de navegação aérea, áreas reservadas para comércio e um centro de convenções.

Há também projetos para um Terminal de Cargas Nacional e Internacional, porém, ele não está contemplado no projeto da obra do aeroporto. O que se tem hoje é uma proposta de um novo TECA (nome do projeto conceitual), a ser implantado em área dentro sítio aeroportuário, com acesso pela Rodovia Norte-Sul, uma das ligações entre os municípios de Vitória e Serra. Esse projeto está sendo discutido, com articulações entre o Movimento Empresarial e o Conselho de Logística junto à Infraero, e prevê a execução e financiamento da iniciativa privada, porém, a sua gestão e operação serão de exclusividade da Infraero.

Irregularidades na execução do contrato

Foram muitos os transtornos na execução da obra até que o TCU determinou a retenção de parte do pagamento ao consórcio formado pelas construtoras Camargo Corrêa, Mendes Júnior e Estacon por suspeita de sobrepreço e desvio de verbas. Sob arguição de insegurança jurídica, as empreiteiras abandonaram definitivamente o canteiro de obras em 2008.

Foram várias as tentativas do TCU e da Infraero para se retomar o andamento das obras com o consórcio vencedor da primeira licitação, porém a proposta feita pelo consórcio de R$ 900 milhões foi considerada excessiva pelo TCU, que recomendou finalizar as negociações e realizar uma nova licitação.

Atualização do Plano Diretor Aeroportuário

Provocado pelo Ministério Público Federal (MPF), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), em parecer de 2010, manifestou entendimento de que a nova pista do Aeroporto de Vitória deveria ter, no máximo, 1.900m de comprimento, contra os 2.535m previstos no projeto, tendo em vista as novas construções realizadas no entorno do aeroporto desde a formulação do Plano Diretor Aeroportuário (PDIR), aprovado em 1987, e do Plano Específico de Zona Proteção Aeroportuária (PEZPA), de 1994.

Segundo o Decea, “o projeto de construção da nova pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Vitória não está de acordo com o previsto no seu Plano Diretor e, por conseguinte, no seu Plano Específico de Zona de Proteção Aeroportuária (PEZPA), não oferecendo, pois, um nível de segurança aceitável às operações aéreas daquele aeroporto”. Para o órgão, “em função da efetiva e necessária segurança operacional, especificamente do ponto de vista da Zona de Proteção de Aeródromos, para garantir o nível de segurança oferecido pelo PEZPA de Vitória, o projeto de construção da nova pista nã…

Texto obtido de Wikipedia - Aeroporto Internacional de Vitória sob licença CC-BY-SA-3.0 el 30 Julho 2021
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