SuazilândiaSuazilândia

Essuatíni), anteriormente conhecido como Suazilândia, é um país da África Austral, limitado a leste por Moçambique e em todas as outras direções pela África do Sul. Suas capitais são Mbabane (administrativa) e Lobamba (legislativa). O país e seu povo recebem seus nomes de Mswati II, um rei do em cujo reinado o território de Essuatíni foi expandido e unificado.

Essuatíni é um país em desenvolvimento com uma economia pequena, baseada na agropecuária. Porém o país não é autossuficiente na produção de alimentos, sendo exportador da cana-de-açúcar e abrigando importantes reservas de carvão mineral. Seu PIB per capita é de US$ , classificando a nação com renda média-baixa. Como membro da União Aduaneira da África Austral e do Mercado Comum da África Oriental e Austral, o seu principal parceiro comercial local é a África do Sul (a fim de garantir a estabilidade econômica, a moeda essuatiniana, o lilanguéni, está indexada ao rand sul-africano, que também é moeda oficial de Essuatíni). Os principais parceiros comerciais no exterior são os Estados Unidos e a União Europeia. A maior parte do emprego do país é fornecida pelos setores agrícola e manufatureiro. Essuatíni é membro da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, da União Africana, da Commonwealth e das Nações Unidas.

A saúde pública enfrenta uma catástrofe, com um terço da população adulta sendo portadora do vírus da AIDS (SIDA em português europeu) — uma das mais altas taxas de contaminação do mundo). A população suázi é bastante jovem, com uma idade média de vinte anos e pessoas com catorze anos ou menos, que constitui 37% do seu total de habitantes. A taxa atual de crescimento populacional no país é de 1,2%. O país possui a décima segunda menor expectativa de vida do mundo, 58 anos.

Esse pequeno e montanhoso país do sul da África, sem saída para o mar, é uma das poucas monarquias remanescentes no continente, sendo esta uma diarquia absoluta, governada conjuntamente pelo Ngwenyama ("rei", o chefe de Estado administrativo) e pela Ndlovukati ("rainha mãe", a chefe de Estado nacional) desde 1986. A sociedade, patriarcal e formada por clãs, admite a poligamia. A atual constituição foi adotada em 2005. Em abril de 2018, o país mudou o seu nome de Reino da Suazilândia para Reino de Essuatíni, que significa "terra dos suázi" na língua suázi (ao invés de Swaziland, proveniente do inglês), durante os eventos de comemoração dos 50 anos de independência do país.

História

Segundo a tradição, a origem dos suázis data do e resultou de um grupo que, sob a hegemonia do clã Dlamini, se separou do conjunto de bantos que então migravam para o sul, ao longo da costa de Moçambique. O grupo se fixou numa região entre Pongola e o rio Usutu. O rei Sobhuza I morreu em 1836, acredita-se que seu sucessor, Mswati (Mswazi) II, deu seu próprio nome à tribo. A expansão branca na região, porém, levou o rei ceder as terras ao norte do rio dos Crocodilos à República do Lydenburg, em 1846. Nessa época o rei Mswazi foi forçado a buscar ajuda britânica contra os zulus.

A partir de 1880, a penetração branca resultou em numerosas concentrações de terras, minérios, pastagens e até estradas de ferro e iluminação pública, facilitadas pelo rei Mbandzeni. Em 1888, os suázis consentiram no estabelecimento de um governo local provisório, formado por representantes do governo britânico, sul-africano e suázi, mas em 1893 recusaram uma proposta para instituir ali uma administração sul-africana. No ano seguinte, no entanto, foi assinado um acordo que estabelecia a administração sul-africana em anexação do território suázi.

Após a Guerra dos Bôeres e a instituição do controle britânico sobre Transvaal em 1903, os suázis passaram a ser administrados pelo governador do Transvaal e, em 1906, pelo alto comissário britânico para a Basutolândia, Bechuanalândia e Suazilândia. Os britânicos negaram, em 1949, o pedido de incorporação da Suazilândia pela União-Sul-Africana. Em 1963 promulgou-se na Suazilândia uma constituição que concedia aos suázis uma autonomia limitada. Quatro anos depois, foi proclamado o Reino da Suazilândia sob proteção britânica. Finalmente em 6 de setembro de 1968, o país conquistou plena independência.

Em 1973 e novamente em 1977 o rei Sobhuza II dissolveu o Parlamento e aboliu a constituição, que, em ambas as ocasiões, foi substituída por uma nova num prazo de dois anos. Após a morte do monarca, em 1982, seu filho adolescente Makhosetive foi nomeado príncipe herdeiro e coroado como o rei Mswati III apenas em 1986. Sob sua liderança o país ingressou numa fase de relativo progresso econômico, com um importante incremento dos investimentos estrangeiros e da atividade turística. Pressionado pela oposição, o rei iniciou um processo de democratização no país, com uma série de alterações no sistema eleitoral. Em 1993, realizaram-se as primeiras eleições pluripartidárias do país.

Em 1996, uma conflituosa greve geral exigiu o fim da monarquia absolutista. Mswati III nomeou como primeiro-ministro Barnabas Dlamini e instalou um Comitê de Revisão Constitucional (CRC). Em novembro de 2000, mais uma greve geral por democracia foi duramente reprimida pela polícia. A oposição rejeitou, em janeiro de 2001, o projeto de reformas elaborado pelo CRC. Em maio, o governo proibiu a circulação de duas publicações independentes. A decisão é considerada ilegal pela Alta Corte de Justiça, que a anula. Em junho, decreto real concede poderes ao governo para proibir livros, jornais e revistas. A medida provoca fortes reações contrárias, e o governo dos Estados Unidos ameaçou retirar a ajuda econômica ao país. Em julho, o primeiro-ministro anunciou a revogação do decreto.

Em 2002, Mario Masuku, líder da oposição, foi inocentado da acusação de incentivar rebelião contra o Estado. A Alta Corte de Justiça ordenou sua libertação, após dois anos preso. Na sequência, o Parlamento derrotou a proposta de compra de um jato de 45 milhões de dólares para o rei. O valor era mais que o dobro do orçamento nacional de saúde. Em 2003, os sindicatos chamam greve geral pela redução dos poderes do rei.

Em julho de 2005, o rei assinou a nova Constituição, que entrou em vigor em fevereiro do ano seguinte. O texto mantém a proibição de partidos e impede processos contra a monarquia. Em setembro de 2005, Mswati escolhe uma moça de 17 anos para ser sua 13º mulher. Poucas semanas antes, ele havia anulado a proibição de prática de sexo por mulheres de menos de 18 anos, vigente por quatro anos no país para combater a AIDS.

Em 19 de abril de 2018, Mswati oficialmente mudou o nome da Suazilândia para Essuatíni durante as comemorações do quinquagésimo aniversário da independência do país. O novo nome, Essuatíni, significa "terra dos suázis" em suázi.

Geografia

Essuatíni é um pequeno país interior da África Austral, limitado a leste por Moçambique e em todas as outras direcções pela África do Sul.

O território divide-se em quatro regiões topográficas longitudinais, do ocidente para o oriente: o Alto Veld, o Médio Veld, o Baixo Veld e o Lubombo.

  • O Alto Veld, que compreende um terço do território, é uma continuação da cordilheira sul-africana de Drakensberg. Consiste num maciço com altitude média de 1 100 a 1 400 metros, onde fica o pico de Emlembe (1 860 m), ponto culminante do país.
  • O Médio Veld é um planalto com altitudes entre 600 e 760 m e corresponde a um quarto do território do país.
  • O Baixo Veld forma uma superfície sedimentar mais plana, situada entre 150 e 300 m de altitude e com solos férteis.
  • O Lubombo, que ocupa apenas nove por cento do território, é um pequeno maciço com altitude entre 600 e 820 m.

Cortam-no as gargantas escavadas por três do principais rios, que atravessam o país de oeste para leste: Umbuluzi, Usutu e Ingwavuma.

O clima é temperado nas áreas montanhosas, com média de 15 °C, e subtropical nas planícies, com 22 °C de média anual. As chuvas são abundantes em todo o país e aumentam com a altitude. A estação úmida é o verão, de outubro a março.

Os rios são caudalosos graças às chuvas abundantes. Os rios perenes mais importantes, o Lomati, o Mkhondvo e o Komati, nascem na África do Sul, atravessam o país em direção ao oceano Índico, apresentam alto potencial hidrelétrico e irrigam os grandes canaviais e pomares de cítricos do Médio Veld e do Baixo Veld. A fauna foi bastante reduzida pela caça predatória e pela expansão da agricultura. Há hipopótamos, zebras, antílopes e, em pequeno número, leões e macacos.

Subdivisões

Essuatíni é dividido em quatro distritos:

  1. Hhohho
  2. Lubombo
  3. Manzini
  4. Shishelweni

Infraestrutura

Embora as condições de saúde do país sejam relativamente precárias, a taxa de mortalidade infantil vem diminuindo. Os serviços médicos são em geral melhores do que os oferecidos pela maioria dos países africanos, e a tuberculose e a esquistossomose são os principais problemas de saúde.

O analfabetismo atinge cerca de trinta por cento da população. A Universidade de Essuatíni foi fundada em 1964. Há no país vários jornais diários em inglês e um em suázi.

Saúde

A expectativa de vida no país é uma das mais baixas no mundo (cerca de 39 anos), uma vez que um terço da população adulta é portadora do vírus HIV. É o país que mais apresenta casos proporcionais de AIDS no planeta, com 26% da população adulta.

Em 2010, os dados da Unaids continuaram a apontar o país com maior índice de contaminação mundial e em níveis ainda maiores - 26,1%.

Em 2006, na faixa dos 15 aos 49 anos, o índice era de 33,4%. Em 2010, a contaminação na faixa etária entre 25 e 29 anos chegou a 46% dos suázis.

A poligamia é usada para explicar parte do índice de contaminação da população pelo vírus HIV. Os homens de Essuatíni têm em média cinco companheiras, seja por meio do casamento ou relações informais.

Cultura

O evento cultural mais conhecido de Essuatíni, é o anual Reed Dance. O país foi submetido ao rito da castidade o "umchwasho" até 19 de agosto de 2005.

Essuatíni é um país profundamente polígamo. Mswati III, o atual rei, coroado com a idade de 18 anos, casou-se nove vezes, …

Texto obtido de Wikipedia - Essuatíni sob licença CC-BY-SA-3.0 el 30 Julho 2021

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